quarta-feira, 8 de junho de 2022

Doces Ilustres

 Olá amigos e pessoas perdidas que vieram parar no meu blog!

Sejam todos bem vindos! Tudo bem com vocês? Eu esperava ter voltado a escrever por aqui mais cedo, ainda em maio, mas surgiram outras preocupações e eu fiquei bem enrolada. Afinal os malditos boletos não param de chegar.

Hoje eu vim contar uma coisa que já não é bem novidade: tive uma ilustração publicada num livro ano passado. Atualmente já não tem nenhuma cópia física para venda, pois para minha surpresa, meus amigos no facebook compraram tudo de uma só vez, mas não fique tristinha! Ainda tem o ebook na Amazon caso queira comprar: DocesIlustres. Os lucros vão para uma instituição de caridade.


Olha a felicidade da pessoa.


"Mas Aleskinha, como foi que você foi parar nessa coletânea?" Você deve estar pensando algo mais ou menos como isso né? Bem, durante a pandemia, eu fiquei meio sem objetivo. Tive que trancar a faculdade para cuidar de uma mãe que ficou doente por mais de um ano e eu fiquei meio desesperada por só ficar trancada dentro de casa. Acho que é nessas horas que a gente percebe que entretenimento não é tudo, é preciso sentir que se está construindo  algo (bom, ao menos pra mim), porque nem a santa netflix conseguiu apaziguar minha ansiedade.

Então gente, eu achei o curso "Ateliê ilustre" da professora e ilustradora Ingrid Osternack. É um curso de ilustração infantil que ensina muito bem o básico do desenho e introduz a gente em diversas técnicas tradicionais, como aquarela, tinta acrílica, gravura, lápis de cor, finepen e por aí vai. No meio do curso, surgiu a ideia de fazer um livro para ajudar cada aluna a começar um portifólio e eu topei é claro.

Tínhamos que enviar uma receita de doce tradicional da nossa família, mas a minha não tem essas coisas porque minha avó não sabia fazer comida. Era péssima na cozinha e a minha mãe aprendeu com a vida, pegando receitas de outras pessoas. Confesso que minha mãe me ensinou o básico, mas a maioria das coisas que faço ou pego no youtube ou invento de cabeça, e foi assim com a receita do "Castanhão": sem nada para fazer doce (nenhum bendito leite condensado!) misturei leite, castanhas, ovos etc no liquidificador e levei ao fogo. Quando fui ver, parecia um flan, tipo brigadeirão, sabe? Só que de castanhas e aí foi fatal, tive que batizar de "castanhão" (risos).

Dei a sorte dessa larica ter acontecido uma semana antes da Ingrid anunciar o livro, pois já estaria livre para pensar só no desenho. E falando nisso, foi um processo divertido, testei várias composições, comecei pensando em desenhar um menino na cozinha, mas no final era eu alí representada com a colher de pau na mão. Usei lápis de cor aquarelável, canetinha colorida de ponta fina e caneta de gel. Cruzei um monte de referências (imagens que busquei na internet para obter inspiração), coloquei easter eggs, foi muito divertido. Só penei para fazer os azulejos da cozinha porque era uma coisa muito repetitiva.

Confesso que não achei que foi o melhor desenho da minha vida, ainda estou bem iniciante nele, mas posso dizer que foi o desenho mais importante da minha recém nascida carreira de ilustradora. Espero fazer o próximo o mais rápido possivel e de preferência que seja só meu, nada de participação em coletâneas. Mas ainda não há previsão dele acontecer, então deixa quieto.

Grande abraço a todos!

Aleska Lemos

PS:Assista também ao vídeo do lançamento para conhecer o projeto clica AQUI

Sobre fazer terapia

Eu queria usar este blog como um meio de divulgação profissional, mas esse ano eu estive fazendo terapia e as minhas emoções andaram flutuan...