sábado, 14 de abril de 2018

28 anos

Sempre tive medo de envelhecer. Não, minto, depois que envelheci que adquiri essa fobia.
Não é exatamente uma vontade de permanecer bonita, daqueles tipos de beleza que exalam o frescor da pele e fazem os homens loucos (até porque nunca tive paciência para essa exibição).

O medo é de ter que mudar, me adaptar a um novo papel que infelizmente já vem se avizinhando. Como eu poderia deixar de ter um espírito jovem e brincalhão para ser séria e responsável? Minhas desculpas estão acabando enquanto a coluna me cobra uma nova postura (para não me travar na cama e na vida).

O mais apavorante, entretanto, é olhar para o que gostava antes com um certo distanciamento. Há um bom sentimento de nostalgia, mas parece que aquilo não mais te pertence, ou você que não pertence mais a ele.

Não há mais aquela fé ingênua de que tudo vai dar certo e não se sofre mais de amor como antes. Taí uma vantagem ao menos: as dores não são mais tão profundas, mas fica a dúvida: estarei me tornando uma pessoa rasa? Ou apenas mais forte? É normal não ter grandes sentimentos em relação a nada? Tudo vai ser sempre assim tão morno como um mingau esquecido na mesa ou às vezes teremos momentos de uma intensidade verdadeira?

Sobre fazer terapia

Eu queria usar este blog como um meio de divulgação profissional, mas esse ano eu estive fazendo terapia e as minhas emoções andaram flutuan...