quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Eu na pandemia

 Em qualquer lugar da internet em que passei, vi pessoas reclamando de que a pandemia fez as famílias entrarem em desarmonia. Vários casais se separaram, filhos brigaram com pais, avós xingando os descendentes por eles terem virado seus carcereiros e é claro as crianças dando mais trabalho que nunca.

Aqui em casa passou tudo bem.  Nenhuma crise famliar aguda ou briga com namorado (até porque estava solteira em março) digna de nota. Acho que o maior problema é essa alta dos preços, que transformou ítens cotidianos em iguaria, tais como arroz e queijo. Dá até vontade de começar uma horta, para não gastar tanto com comida. Pena que não tenho quintal.

Mas quem não tem horta, aprende a cozinhar e euzinha aprendi a fazer pão, bolo, torta salgada, biscoito (tudo de aveia porque glúten não é de Deus), queijo (que ficou péssimo, mas um dia aperfeiçôo a receita). É claro que adquiri uns quilinhos também, mas aí nem me cobro muito porque a única coisa a fazer é comer né gente? (risos).

Além de aprender a fazer comida, fiz alguns cursos gratuitos da faber castell, para não parar de evoluir minhas técnicas de desenho. Comprei outros cursos no site Domestika.org onde professores de vários assuntos dão aulas pelo mundo inteiro. O desenho abaixo é de uma das minhas aulas com o professor Adolfo Serra, um ilustrador espanhol. Foi muito divertido de fazer porque não tem muitas regras para ilustrar, na verdade o tempo todo o professor incentivava a se desafiar e misturar técnicas e tal. Criar precisa dessa liberdade, sabe? A sensação é maravilhosa^_^.

Também tive momentos de sobreviver ao tédio, que não foi fácil, mas eu tenho experiência nisso e é uma pena que não dê para colocar no currículo. Teve momentos que a ansiedade batia com força, de já acordar com a mente em alta rotação, o que me levou a ouvir aquelas músicas de relaxamento no Youtube e a lotar vários caderninhos incompletos com páginas de diário.  O que foi bom né? Enfim diminuiu a quantidade de cadernos sem utilidade nas minhas gavetas.

Saí pouco em 2020, mesmo com a flexibilização, passei a maior parte do tempo em casa tentando fazer exercícios caseiros, colocar as coisas na rotina e até escrever um pouco, mas nada deu muito certo e o ano que poderia ser sabático foi meio errático, até porque as aulas online da faculdade não conseguiram me botar muito na linha e a sensação é de ter tirado férias de verdade.


Fiz esse desenho para meu instagram @aleskaverso que também foi mais um projeto que larguei um pouco de mão.

E no início desse ano, eu meio que dei uma furada no isolamento social e fui num museu, aliás centro cultural para ver Alphonse Mucha. Além da exposição estar muito bacana eu ainda ganhei brinde e fiquei me sentindo vip porque eram bem caprichados os ítens: uma garrafa de metal, um caderno de capa dura e uma ecobag lindíssima. Acho que vou fazer um post a parte sobre isso. E vocês, como passaram o último ano?


2 comentários:

  1. não está sendo fácil, mas a opção do isolamento é muito melhor que a outra. acho que é uma prova de fogo para as famílias, algumas vão se unir, outras vão se desalinhar. que bom que a sua lidou razoavelmente bem. aqui tb. eu e meu pai estamos tranquilos, meus tios tb. todos em suas casas em segurança. eu só fazendo o necessário e o mais distante que posso a cada saída. organizo pra ir ao supermercado a cada 15 dias pra reduzir os riscos. sim, a falta de trabalho aqui pesou. mas estou administrando. se cuide. beijos, pedrita

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    1. Fico feliz por você também! Espero que continue conseguindo administrar as coisas e esbanjando esse exemplo de isolamento;D.
      Grande abraço, Pedrita!

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