quarta-feira, 9 de maio de 2018

Talento ou Prática? O jeito escritor.

Outro dia fui num evento literário e ouvi um comentário que me incomodou muito. A pessoa falava sobre ter que dar apoio àquele amigo que escreveu um livro e de como isso era chato quando o colega não sabia escrever. Segundo ela, era melhor dizer a tal escritor que ele não tinha talento e parar de pagar mico.

Achei uma postura meio cruel, mesmo sendo em tom de piada porque a etiqueta nos proíbe ter essa sinceridade grosseira e imagino que ela não teria coragem de levar essa ideia à cabo (só imagino), mas acontece que ela reforça a ideia de que para escrever você precisa trazer a habilidade consigo, o que sou totalmente contra.

Para escrever, você precisa desenvolver algumas habilidades sim, mas não precisa ser um gênio que traz tudo do berço. Talvez apenas a imaginação tenha que ser uma característica inata, o resto você aprende vivendo. Quer dizer, fazer uma boa redação só depois de fazer dezenas de ruins, conhecer o caráter das pessoas só após  conhecer mil pessoas e quebrar a cara, ser empática só após de anos sendo egoísta e se dando mal, coisas desse tipo.

Então, se o primeiro livro do seu colega escritor for uma merda perdoe e tenha fé que ele vai melhorar. Essa coisa de talento é papo de gente frustrada. O esforço pode te fazer alcançar o mesmo lugar que o talentoso, basta você estudar e praticar sempre que você conseguirá. Não adianta ficar se ligando nessas almas sebosas que gostam de nos dizer que estamos fadados ao fracasso, elas é que tem uma compreensão mais limitada do mundo e não alcançam o "espírito" das coisas, nesse caso o "jeito do escritor" (uma paródia que criei por causa de um vídeo do You Tube chamado "O jeito engenheiro").

Na verdade  cunhar a expressão "o jeito do escritor" também é um pouco errado, porque já que existem vário gêneros literários existem várias formas de escrever e consequentemente varios tipos de escritores. Entretanto sempre gosto de pensar que aquele que inventa histórias é por essência uma pessoa inquieta e que ao por no papel esse comichão intelectual ele se resolve, até a próxima "irritação" aparecer.

Enfim, mas essa foi apenas a minha opinião. A única coisa que tenho certeza é que a musa do post está completamente errada e desejo muita força e fé para vocês que como eu escrevem seus pensamentos mais ínitmos e precisam lidar com essas âncoras da vida.

Grande abraço!
Aleska Lemos.




3 comentários:

  1. É aqui que a gente assina em baixo? Então to assinando em baixo aqui! Concordo muito com você Aleska!

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  2. Olá, querida amiga aleska!
    Aplausos de pé!
    Todos meus livros seriam diferentes se os estivesse escrito hoje...
    Concordo com o que escreveu...
    A inspiração é preciosa e dom... o demais se aprende além dos bancos universitários...
    Ah! O que escreveu, exemplificando, sobre pessoas é bárbaro!
    Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
    Bjm fraterno de paz e bem

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  3. acho que para escrever um bom livro são muitos fatores. talento pode até ser. mas conheço pessoas q por escreverem muito começam a escrever bem. mas não necessariamente seus livros serão preciosidades literárias. mas poderão ser bons livros informativos. boas biografias. e tudo é muito treino. acho meio surreal alguém achar que um livro de uma pessoa já designe que ela não será talentosa. vários autores que ficaram famosos tiveram livros iniciais ruins. não é regra. bem arrogante achar que pode decidir com um único livro q alguém vai ser ou não talentoso. ficaria incomodada como vc. beijos, pedrita

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